Minhas Flores..

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Voo

 Espinha
ereta.Era a postura que tinha,e mantinha,mesmo sentindo o fardo sobre
os ombros miudos.Ela só queria voar.Uma volta apenas, num mundo em que
realidade lhe tornara distante.Em teu nome de nada,ela escreveu teus
desejos,e era assim que esperava,que teus versos tornassem livres,como
borboletas,e que um dia alcançasse,descansasse a coluna de sustento,que
lhe era a única importancia naquele su-real mundo,de incertezas,que lhe
pusera alguma esperança: só viver,dia após dia,com a liberdade de ser o
que queria,o que era,com quem quisesse.O sonho daquele voo
inibido,pareceu ter sido rogado,divino,para aquela menina que
desfraudava rosários,em sonetos,escondida,os pedidos onde só Deus
ouvia.E Ele sabia:pesaria.Borboleta não foi feita pra ficar.Fez ela só
pra encantar.Mas que embora tão curta vida,da metamorfose despida,ela
teve um céu.Foi azul.Num mundo azul,que se descobriu compatível,com tudo
aquilo que não lhe era compreendido,mas que quando expressada naquelas
rimas,era encarnada como que em duas asas que lhe conduzia.
Não era borboleta,nem mais menina.Era alma.Era teu ar.Amar.

(Patty Vicensotti)

Patty,

Obrigada por esse lindo poema, LindO..LindO!
Você me descreveu com perfeição.

Cê Paiva 

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